quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dor



Dor, aquela que leva-nos ao limite da consciência, nos torna menos humanos, acuados em nosso próprio corpo. Nos leva a ultrapassar o limite de nossas forças e obriga-nos a curvar- se diante de nossa insignificância.
Ela nos faz egoista, deixa-nos a flor da pele e leva-nos a passear pelos abismos mais profundos da mente. Torna-nos escravos da sua vontade e nos priva de gozar a vida com o prazer que antes existia.
A doença, quando é fatal, trás com ela a certeza de que a dor passará, mas quando a dor enlouquece, limita e priva, sem prazo para o fim, condena-nos a mais profunda obscuridade.
Dizem que pra tudo há jeito, menos pra a morte, então, esperamos pacientemente pela solução, sabendo que se não houver alento em vida, pelo menos haverá na morte.

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