domingo, 30 de novembro de 2008

Casa das amigas


Ontem fui pra casa de duas amigas, espairecer, trocar ideias, sentir-se importante, ao menos para as amizades.

É bom conversar com pessoas que já me conhecem a algum tempo e são capazes ao menos de perceber o quanto eu tenho sofrido.

Elas disseram -me que tenho que ser forte, lutar pela minha felicidade, em primeiro lugar. Que devo pensar no outro sempre em segundo plano.

Só tem um problema nisso. Eu não consigo estar feliz se não estiver de mãos dadas com o meu amor. Se não puder dividir meu mundo com ela. Pelo menos nesse momento, agora, não há como ser feliz.


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Dor


Queria tanto que essa dor passasse.
Essa que me perturba dia e noite e não me deixa ver graça na vida.
É como se meu coração sangrasse o tempo todo. Feridas abertas.
Essa dor que me tortura, que faz com que tudo seja pequeno envolta de mim.
Não me deixa sorrir, ou encontrar um segundo de paz.
Não me deixa ser livre, ou experimentar algo novo.
Não há como recomeçar assim, se estou cega, gritando de dor.
Não sei o que fazer, o que esperar, como não sentir.
Preciso de ajuda, dos céus ou do inferno.
Tudo que sei é que a dor precisa parar.

Pequenas vitórias


Consegui, mesmo em meio a tantas dores, alguma vitória.

Voltei a andar de bengala... Meu tremor diminuiu... Estou escrevendo melhor...O meu falar está mais inteligível...

São lutas que travei com meu corpo e aos poucos estou vencendo as dificuldades.

Espero vencer também as batalhas com meu coração.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A dífícil arte de esquecer


É tão complicado deixar passar, simplesmente, a pessoa que esteve ao meu lado por 5 anos da minha vida, dividindo tudo, de roupas até o mais importante sonho.

Lembro a cada instante dos nossos momentos, juntas, aliadas para vencer os obstáculos que a vida nos impunha. Formávamos uma boa dupla. Éramos capazes de vencer a mais difícil batalha juntas.

Só perdemos para a doença, a que quer me derrubar. Se ela nos separou, nos venceu. Se ela me venceu, como irei vencê-la? E sozinha?

A minha mente continua a martelar...saudade...dor...tristeza...agonia...desesperança.

Eu quero viver de mãos dadas, não sozinha. Não quero esquecer, quero acrescentar.

Mais saudade


A alegria de saber que você existe faz-me forte para suportar a tristeza de sua ausência. (Anônimo)

Saudade


Como é difícil não ter com quem dividir o mundo.

Tudo repartido por tanto tempo.

Sonhos, segredos, aprendizados.

Gostaria de andar novamente de mãos dadas.

Coração apertado, dolorido, só.

A tristeza me domina, me puxa pra baixo.

Mostra pro mundo a dor da saudade.

Peço aos céus que me traga a Ale...gria.

Pra recompor a minha vida.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Recomeçar



RECOMEÇAR


Não importa onde você parou…
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado…
Chorou muito?
foi limpeza da alma…
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos…
Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora…
Pois é…agora é hora de reiniciar…de pensar na luz…
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal Um corte de cabelo arrojado…diferente?
Um novo curso…ou aquele velho desejo de aprender
a pintar…desenhar…dominar o computador…
ou qualquer outra coisa…
Olha quanto desafio…quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho?besteira…
tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”
…tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para “chegar” perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza…
nem nós mesmos nos suportamos…
ficamos horríveis…
o mal humor vai comendo nosso fígado…
até a boca fica amarga.
Recomeçar…hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
ir alto…sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
queira coisas boas para a vida…
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos…
se pensamos pequeno…coisas pequenas teremos…
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor…
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental…
joga fora tudo que te prende ao passado…
ao mundinho de coisas tristes…
fotos…peças de roupa, papel de bala…ingressos de cinema, bilhetes de viagens…
e toda aquela tra nqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados…
jogue tudo fora… mas principalmente…
esvazie seu coração…
fique pronto para a vida…
para um novo amor…
Lembre-se somos apaixonáveis…
somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes…
afinal de contas… Nós somos o “Amor”…”
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
Carlos Drummond de Andrade.

Minha nova vida


Hoje mudarei definitivamente pra minha nova casa. Vou morar com a Suzane, amiga, irmã. Colocar minhas coisas no lugar, iniciar. Preciso urgente recomeçar a agir. Iniciar meus planos de vida. Não quero mais perder tempo, me prender ao passado. Quero pensar no futuro, em construir novos alicerces. Preciso reaprender a viver só, depois de 5 anos.
Quero cuidar da minha saúde, firmar o corpo e a mente. Entrar em harmonia com o mundo. Aproveitar meus amigos, sair de balada, fazer farra.
Agora terei que pensar apenas em mim, me refazer, deixar de sofrer.

Amor que destrói


Não sei porque eu ainda amo A., depois de tudo o que aconteceu, de todo o despreso e descaso. Ela está cada dia mais distante, mas meu coração ainda chama por ela, meu corpo ainda deseja o dela, sentir sua pele macia, seu rosto perto do meu. Carinho. Sinto tanta saudade, de partir o coração, mas sei que ela não me quer mais.

Tenho que começar uma nova vida, partir pra outra, deixá-la passar. Criar a minha nova vida trilhando o meu caminho sozinha, sem seu colo pra me confortar e seus afagos para me consolar.

Nós, juntas, virou passado, aquele distante, que é apenas lembrança. Eu, sozinha é o presente, realidade dolorosa, mas certa, concreta.

Não devo nem sonhar, esperar. Devo seguir, sem olhar pra trás. Mandar meu coração se calar, se afogar sozinho em sua dor.

Ela não vai voltar, nunca mais terei aquela mão a me fazer cafuné, aquele olhar mole, e mesmo assim, terei que viver. Sobreviver.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sentimento estranho


Hoje foi o primeiro dia desde o término do meu trelacionamento, que eu não derramei uma lágrima sequer por elas. Ficou um sentimento estranho, como se dentro de mim houvesse um buraco a ser preenchido. Não é uma sensação agradável, a perda, mas não dói como antes. É apenas o nada, o oco.
Dá uma ansiedade, uma necessidade de colocar algo no lugar urgentemente. Só não sei de que maneira irei tapar esse buraco enorme. Trabalho? Estudo? Amigos? Outro relacionamento? Ainda é cedo pra isso, preciso estar melhor de saúde primeiro.
Quero ver a minha vida andar. Já conquistei o uso da minha bengala, agora falta voltar a falar normalmente. Eu tenho pressa. Quero levar uma vida normal, tentar encontrar a felicidade.
Preciso arrancar de dentro de mim a rejeição que elas marcaram em minha estima, buscar a aceitação, a admiração, o orgulho. Deixei os sentimentos que elas tiveram por mim serem os mesmos que eu tive por mim. Não me questionei se estavam erradas, apenas passei a me repugnar também.
Agora tudo pode ser diferente. Eu tenho o vazio, estou em construção e quero ser preenchida apenas com sentimentos positivos, que me ergam.
Devo aprender a me amar o suficiente para que ninguém, jamais, volte a decidir aquilo que penso sobre mim mesma e principalmente determinar o que sou e até onde posso ir.
Essa é uma luta diária, que eu terei de vencer aos poucos, mas também extremamente necessária na conquista da felicidade.

domingo, 23 de novembro de 2008

Minhas coisas!!!


Hoje fui com a minha família até a casa delas pegar as minhas coisas. Eu não subi, ela não desceu. Nos ouvimos, mas não nos vimos. Tão estranho, uma pessoa que viveu um ano com você, ficar escondida no casulo pra não ter que te cumprimentar. Não consigo deixar de imaginar a razão, mas prefiro crer que foi uma maneira de evitar mais sofrimento a todos. Hoje derramei as últimas lágrimas por causa dessa história. Prometi a mim mesma e devo cumprir. Todas as minhas energias devem se voltar para a minha recuperação, para o meu retorno a uma vida normal e saudável, onde possa me estruturar psicológicamente e retomar meu trabalho e estudos o quanto antes.
Dei um grande passo hoje, consegui andar de bengala. O símbolo da minha independência, a garantia da minha liberdade. Fiquei muito feliz.
Depois de pegarmos as minhas coisas, fomos passear no shopping, coisa que não fazia a anos. Tenho sonhado todas as noites com shopping. A época em que trabalhei no shopping foi a parte da minha vida em que fui mais saudável e feliz.
Fizemos compras pra mim, coisas legais que não fazia a anos também e até comi no Mac Donalds. Parece o retorno a uma vida normal.
Hoje foram só vitórias.

Dependência e limitação


Não vejo a hora de pegar minha bengala e tentar andar com ela, me livrar desse andador que limita meus movimentos e me torna totalmente dependente.

Com o andador, não posso carregar nada, pois uso as duas mãos para andar. Isso significa que não sou nem capaz de me servir de comida e levar o meu prato para a mesa, e outras coisas simples que me tornam dependente.

Quero voltar logo a andar de bengala, pegar um ônibus, dar uma volta sozinha, não ter que esperar a boa vontade de ninguém, já que esperar é a coisa que eu mais odeio fazer na minha vida.

Hoje ainda estarei de bengala na mão, resta descobrir se vou conseguir andar com ela. Torçam por mim. Quero me sentir livre novamente e andar com minhas próprias pernas.

Criança


É tão bom ver criança brincando, descobrindo o mundo. Queria voltar a ser criança apenas para ver o mundo assim, colorido, doce, cheio de grandes aventuras. Me sinto velha, apesar de não ter chegado nem aos 30, cansada, desesperançosa com o mundo em que vivemos. Não acredito na bondade humana, na preocupação com o semelhante. Toda a humanidade é mentirosa, manipula situações para proveito próprio e está se destruindo por ganância. Vemos isso de forma global coom a destruição do planeta em que vivemos e também no dia a dia, em qualquer ambiente social, até mesmo, ou principalmente, não sei, na família.
Queria esquecer tudo que aprendi. Ter deixado de tomar a pílula do "matrix" e não ser capaz de ver a realidade. " O que os olhos não vêem o coração não sente". Pena, é tarde demais pra mim.

Frase famosa


"Viver é a coisa mas rara no mundo. Muitas pessoas existem, só isto." Oscar Wilde

Ponto final


Acredito que agora vou conseguir seguir a minha vida e deixá-la partir. Estou dando os primeiros passos de uma nova vida. Retomando as rédeas que havia perdido a algum tempo.
Preciso apenas livrar-me dessa angústia que me atordoa e rouba meu equilíbrio. Quero deixar logo o andador pra retomar a minha independência e voltar a falar normalmente pra poder estudar e trabalhar.
Vou morar com a Suzane, que sempre foi ótima companhia pra mim. Nós crescemos quando estamos juntas.
Quero fazer uma coisa que já a alguns anos não faço. Comprar roupas e sapatos, cortar o cabelo, cuidar de mim.
Preciso aprender a me colocar em primeiro lugar, ser um pouco egoísta.
Vou começar a estudar para o vestibular novamente, usar meu tempo de maneira proveitosa. Quero também levar adiante o projeto de retomada dos trabalhos da minha mãe. Ver até onde posso ir com eles.
Tantos planos, só me resta colocá-los em prática e ir em busca da minha felicidade. Não quero mais sofrer pelo que não tem mais concerto. Vá A. Siga seu caminho que eu seguirei o meu. Estradas diferentes agora. Quem sabe não seremos mais felizes. Só preciso achar um modo de me livrar desse amor que me faz sofrer todo o tempo, mas me empenharei em achar. Boa viagem, aproveite bem o Rio, Sampa e o Pará, use suas asas que é o melhor que você sabe fazer.

sábado, 22 de novembro de 2008

Eu te amo, Chico!


Eu te amo


Chico Buarque


Composição: Tom Jobim / Chico Buarque



Ah, se já perdemos a noção da hora

Se juntos já jogamos tudo fora

Me conta agora como hei de partir


Ah, se ao te conhecer

Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios

Rompi com o mundo, queimei meus navios

e diz pra onde é que inda posso ir


Se nós nas travessuras das noites eternas

Já confundimos tanto as nossas pernas

Diz com que pernas eu devo seguir


Se entornaste a nossa sorte pelo chão

Se na bagunça do teu coração

Meu sangue errou de veia e se perdeu


Como, se na desordem do armário embutido

Meu paletó enlaça o teu vestido

E o meu sapato inda pisa no teu


Como, se nos amamos feito dois pagãos

Teus seios ainda estão nas minhas mãos

Me explica com que cara eu vou sair


Não, acho que estás te fazendo de tonta

Te dei meus olhos pra tomares conta

Agora conta como hei de partir.

Insônia


Noite quente, quase sem vento. O barulho de carros passando na avenida. Vida noturna, ardente, diferente. Quem não perdeu uma noite de sono e experimentou a sensação?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Doença Maldita!!!!


Hoje estou com saudade, coração bate apertado, uma angústia no peito. As lágrimas rolam pela face a todo o momento. Não tenho perspectiva de futuro. Não consigo me ver fazendo nada amanhã, por isso penso tanto na morte. Nós, pobres seres mortais, não somos capazes de viver sem um objetivo. Por isso acredito não ter vida. Eu vegeto.
As minhas limitações físicas dificultam atividades que me dariam prazer. Passo a maior parte do meu tempo deitada na cama ou em uma cadeira, me contorcendo de dor e esperando o tempo passar. Tudo o que está na minha rotina de quatro paredes se refere ao meu sofrimento físico e psicológico. Não há nada de novo para se ver, nem pra se falar, além da infeliz doença.
Esse cenário degradante que forra o palco da minha vida afasta as pessoas, elas não querem ouvir falar de infortúnios, doenças, problemas. Elas só querem que ouçam os seus. Perdi quase todos a minha volta, e sabe de quem é a culpa? Nem os mais avançados exames da medicina puderam determinar.
Doença maldita!!!

Solidão


Passo a maior parte do tempo sozinha e até que sinto prazer em ter apenas eu como companhia. Gostamos de fazer as mesmas coisas sempre e juntas. Quase nunca brigamos, mas quando acontece, a coisa é realmente feia, eu e eu demoramos a entrar em acordo. Num desses dias de inimizade, cheguei a fazer aquilo que não queria, querendo. Foi incrível.

Eu e minha consciência no momento estamos em paz. Isso é o que importa.

Pastas da minha mãe


Hoje eu acabei de digitar um trabalho que a minha mãe fez a quase 20 anos. Fala sobre análise morfológica através do método montessoriano. Mexer naquele material, com a letra dela, os desenhos todos a mão, me fazem sentir mais perto dela. Ela faleceu a 15 anos de problemas pulmonares e deixou-me um grande material de pesquisa sobre a aplicação do método montessoriano.
É incrivel ver como a didática usada no ensino é essencial para a compreenção da criança.

"A inteligência da criança observa amando e não com indiferença, isso é o que faz ver o invisível."
Maria Montessori

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Farmácia


Ontem, após a visita ao Dr House do Ceará, fomos a uma farmácia comprar os remédios e eu aproveitei pra ir me pesar. Fui até a balança com o meu andador e vi que tinha ganho 5 kg, droga! Bom cheguei ao meu pai e falei com a minha dicção horrível que havia ganho 5 kg, mas como antes havia perdido 16, estava com os 11 perdidos. A mulher olhou pra mim espantada e disse: "Nosssa, ela sabe fazer conta!".

A moça pela minha dificuldade de andar, má postura e gagueira grave, me julgou retardada. É uma coisa que tem ocorrido bastante, então, deixo o dito: "NUNCA JULGUE O LIVRO PELA CAPA"

Marcas do passado


No corpo tenho cicatrizes que marcam cada dor que devassava a minha alma. Cada ferida aberta, sangue escorrendo, era remédio para essas dores. Na minha pele, o tempo deixou marcas de recordação, as cicatrizes. Já minha alma perdeu pouco a pouco seu brilho.Escureceu.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dr House do Ceará


Conhecido por fazer milagres na medicina, repeitado por seus colegas, tem mais um caso misterioso em suas mãos. O meu. Ele garantiu que em breve volto a falar e andar normalmente.

Espero que a versão cearense do dr House seja tão eficiente quanto a americana.

A volta dos que não foram


Como posso repetir o mesmo erro duas vezes, cair na mesma cena, acreditar na velha história? Fiquei com nojo dela, mais ainda de mim. Parecia a reprise, mas ao vivo, do momento da despedida. Sofrer duas vezes, quem quer? Eu.
Ouvir "eu não te amo o suficiente" cara a cara foi duro, mas bom. Pena que vi que não era o fim, em seus olhos eu vi a saudade. Pode partir, só não esqueça que não pode retornar, porque se na doença estive sozinha, na saúde estarei com outra.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pablo Neruda


E ESTA PALAVRA, este papel escrito

pelas mil mãos de uma só mão,

não fica em ti, não serve para sonhos,

cai à terra: ali permanece.


Não importa que a luz ou a louvação

se derramem e saiam da taça

se foram um tenaz tremor do vinho

se tingiu tua boca de amaranto.


Não quer mais a sílaba tardia,

o que traz e retraz o arrecife

de minhas lembranças, a irritada espuma,


não quer mais senão escrever teu nome.

E ainda que o cale meu sombrio amor

mais tarde o dirá a primavera.

objetivo


Nós, humanos necessitamos de um envolvimento emocional com algo que nos dá força para ir em frente. Esse objetivo pode ser uma conquista material, uma vitória em uma competição ou até mesmo o amor de uma pessoa. São essas coisas que nos fazem levantar de manhã e atravessar mil e uma dificuldades, para ao fim de um tempo termos por um único e precioso momento alcançado o nosso objetivo. Como pode, nós humanos passarmos vidas inteiras de dor e amargura para sentirmos raramente o prazer inigualável de uma conquista? Fica aqui a minha pergunta.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Renascer


É tudo o que eu preciso. Uma nova vida em que possa ser independente.

Só busco a paz e a felicidade, mas encontro dor e tristeza.

Quem sabe num futuro próximo tudo possa mudar.

Resposta


Odeio tudo que foi,

Tudo que ainda é,

A dor que ainda dói,

A antiga e errônea fé.

O ontem que dor deixou,

Apagou qualquer alegria.

Nada ainda partiu.

Hoje é consequência do ontem.

madrugada sofrida


Minha mente, por mais que eu tente, não esquece a sensação de rejeição, de ser usada e descartada, da raiva e ódio que se criaram dentro do meu coração.

O asco é tão grande que passei a noite a vomitar. Meu organismo tenta se livrar dos piores sentimentos que lhe invadiram.

Não esqueço os tantos anos de repúdio que sofri como mulher nas mãos de A. e das noites em que busquei E. e mais uma vez sofri rejeição.

Sei que minha doença pode ter roubado a minha juventude e beleza, mas continuei sendo mulher e necessitando ser desejada.

A minha auto estima morreu. Elas fizeram com que me sentisse indesejável, despresível, desmerecedora de prazer.

E., procurou-me poucas vezes, para compensar noites mal dormidas embaladas pelo gemido das duas na sala de casa.

Nunca fui convidada a participar das noites de amor que me levavam as lágrimas no silêncio do meu quarto. Cada noite dessas matava um pouco da mulher que existia em mim.

As duas sabiam disso e mesmo assistindo a minha agonia e afirmando veementemente que me amavam, me excluiam da diversão que na visão delas eu desmerecia.

O quanto sofri, o quanto chorei e briguei em vão. Me sentia humilhada ao procurá-las e receber negativas das mais descaradas.

Qual era minha função? Ouvir seus gozos e chorar baixinho em meu travesseiro, aceitar migalhas da E. que logo confidenciava em sua agenda o descaso pelo meu prazer?

Como posso ter descido tão baixo pelo amor a A. e paixão pelaE.? Por achar que doente, não merecia nada melhor. Não me dei valor. Elas também não me deram.

Hoje fogem das suas culpas, negam-se a falar comigo por terem medo do que a pobre doente é capaz de causar em seus corações.

A alegria expressa no blog da E. só é mais uma prova do repúdio que sentia por mim e do uso que fez das forças que me restavam para proveito próprio. Nem uma linha de tristeza pela minha partida, nem ao menos como disfarce, para que pensassem que ainda havia nela algum carater.
Ela me usou materialmente, usou-me para ter acesso a A. Usou-me para cuidar da sua filha e quando todas as forças gastas pela luta pelo seu amor sessaram, ela me descartou, como um velho objeto sem utilidade. Jurou que me amava, mas quando adoeci, me ignorou em minha própria casa, como se não tivesse sido eu a lutar de todas as maneiras para trazê-la de volta quando desejou, como não tivesse sido eu que havia confidenciado a ela meu amor e minha entrega incondicional. Chegou a um desgaste tão grande que covardemente gritou e xingou-me sem que ao menos eu pudesse reagir sem parar num hospital. Dito e feito.

A. que movida por culpas, fingia amor eterno a pobre doente que também lhe era conveniente por esperá-la sempre de braços abertos depois de um dia de farras e galinhagem, me abandonou assim que recebeu a primeira negativa de liberdade. Eu presa a uma cama, com problemas na fala, neguei-me a manter o teatro que a mantinha em pé. Não aceitaria mais o jogo. Queria amor de verdade. Ela partiu comigo, por culpa, mas A. e E. garantiram infelicidade eterna se não aceitasse a divisão de A. Não tive escolha. Chegaram-me até a propor um contrato, onde A. passaria um dia com cada uma.
De início aceitei, mas não resisti. Pra mim chegava da grande farsa . Queria ser amada de verdade, na saúde e na doença, até que a morte nos separe, como ela havia jurado um dia antes.
Fui abandonada doente, sem uma conversa cara a cara pelas duas, que fugiram com a alegação de não me causarem mais mal.
É nervosa, a pobre doente, desmaia, vomita, chora, grita. Só esqueceram que não cheguei onde cheguei sozinha, mas terminei sozinha, na casa de meu pai, pagando pelos erros das três enquanto elas passam o tempo fazendo amor e expondo sua felicidade na internet a quem queira ver.
Não vou permitir que esqueçam que o que houve comigo é em parte culpa delas e que se fugirem hoje, pagarão bem mais caro amanhã pelas mãos de outros. Elas que rezem pra que nunca fiquem doentes e que nunca precisem novamente de mim.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Depois da tempestade, a bonança


Já consigo vislumbrar uma nova vida. Cheia de alegrias, fora do inferno, em busca da evolução. Acompanhada de pessoas que realmente me querem bem e não querem nada em troca. Falei com ela, doeu, mas não matou. Não a desejo mais nem pintada de ouro. A. é sofrimento. E. é masoquismo. Estou pela primeira vez realmente feliz de estar fora disso. Elas que levem suas vidas. Realmente se merecem. A dor e a podridão da alma. Bela dupla. Estou fora. Parti. Começo a ver o mundo com outros olhos. Sinto vontade de viver, ser feliz, amar de novo. Esse é meu novo objetivo. Assim será.

divisão de pertences


Falar com ela no telefone como se fosse uma estranha me feriu profundamente. Não consigo entender como 5 anos, uma vida, podem perder o significado de uma hora para outra. Se preocupou mais em definir o que seria dela do que em saber se minha saúde podre obteve alguma melhora. O mais impressionante foi ela ter voltado a ligar assim que o telefone havia sido desligado. Não deu tempo nem de me levantar do sofá.

- Só estarei em casa de manhã, não venha outra hora.

Havia necessidade de retornar ou foi a rapidez da ligação que a incomodou? Queria falar mais? Não aguentou a frieza em minha voz? A falta de um adeus? Se foi por falta de um adeus, eu o deixo aqui.

Adeus, até nunca mais.

felicidade baseada na infelicidade alheia


Sabe porque deixei A. partir? Porque nunca conseguiria viver feliz assistindo a infelicidade daqueles a quem amava. Como pode E. estar tão feliz, tendo consciência de todo o mal que causou? Não há como crer que pessoas de boa indole se sintam felizes assistindo a ruina alheia. A ruina daquela que a acolheu, deu afeto e segurança. Lamento ter percebido tarde demais que nem todos dão valor a aqueles que lhes acolhem.

A punhalada dói mais quando é dada por alguém a quem estendemos a mão. E o pior. Nem uma busca de notícias, ao menos uma satisfação.

Sorte minha ter feito bons amigos por onde passei que me estendem a mão sem que eu lhes tenha estendido.

É como dizem, a ajuda vem sempre daqueles que menos esperamos.

Que amor é esse...


Que amor é esse que causa tanta dor e sofrimento.
Que amor é esse que se prova na ausência.
Que amor é esse que divide prazeres com outro.
Que amor é esse que parece sorrir da desgraça do outro.
Que amor é esse que não enxuga minhas lágrimas.
Que amor é esse que não é capaz de me encarar.
Eu sou dor e sofrimento e estou só.
Que amor é esse????

Ainda bem que é mentira


Letras: Vanessa da Mata
Ainda Bem

Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Nos dias frios
Em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte
Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois
Esse amor
Entre tantos outros
Entre tantos anos
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor.


Mais uma mentira. Nossa música! Chega a ser hilário.

http://br.youtube.com/watch?v=Rfr86IcnZk8

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Garotinha e a Serpente Ingrata


Uma garotinha estava atravessando um caminho montanhoso, tentando alçancar a casa da avó. Estava um bocado frio e o vento cortava como uma faca. Quando ela vislumbrava o seu destino, ela ouviu um ruído ao seus pés. Olhando para baixo, ela viu uma cobra. Antes dela poder mover-se, a serpente falou para ela. Ela disse, “Estou para morrer. Está tão frio para mim aqui em cima, e eu estou congelando. Não há comida nas montanhas ainda estou faminta. Por favor me ponha no seu casaco e me leve com você.”“Não,” respondeu a garota. “Conheço sua espécie. Você é uma cascavel. Se eu te pegar você vai me picar, e sua picada é venenosa.”“Não, não,”disse a cobra. “Se você me ajudar, você será minha melhor amiga Vou tratar você de maneira diferente”A garotinha sentou numa pedra por um momento para descansar e pensar sobre o assunto. Ela olhou para as belas pintas da cobra e tinha de admitir que era a mais bela cobra que ela já tinha visto. De repente, ela disse “Acredito em você. Vou te salvar. Todas as coisas vivas merecem ser tratadas com bondade.”A garotinha pegou a cobra e colocou gentilmente sobre seu casaco e se dirigiu para a casa da avó. Dentro de um instante, ela sentiu uma dor aguda. A cobra tinha picado ela.“Como você pôde fazer isso para mim?” ela chorou “Você prometeu que não iria me picar se eu te protegesse do frio”A cobra silvou, “Você sabia o que eu era quando você me pegou,” e foi embora.

Dor



Dor, aquela que leva-nos ao limite da consciência, nos torna menos humanos, acuados em nosso próprio corpo. Nos leva a ultrapassar o limite de nossas forças e obriga-nos a curvar- se diante de nossa insignificância.
Ela nos faz egoista, deixa-nos a flor da pele e leva-nos a passear pelos abismos mais profundos da mente. Torna-nos escravos da sua vontade e nos priva de gozar a vida com o prazer que antes existia.
A doença, quando é fatal, trás com ela a certeza de que a dor passará, mas quando a dor enlouquece, limita e priva, sem prazo para o fim, condena-nos a mais profunda obscuridade.
Dizem que pra tudo há jeito, menos pra a morte, então, esperamos pacientemente pela solução, sabendo que se não houver alento em vida, pelo menos haverá na morte.

Palavras escritas na areia que o mar apagou


I love you.
I need you.
I want you to me forever.
"Everybody lie"

A maior decepção


A lembrança de promessas feitas em momentos ternos me enojam.

A idéia de possível premeditação me horroriza.

A possibilidade de ter sido usada me choca.

Como o ser humano pode chegar tão baixo!

Disseram-me que adoram os bonzinhos, pois com eles se pode fazer de tudo.

Mataram o resto da crença na bondade humana que existia em mim.

Fizeram-me um favor. Bem vindo seja o egoismo.


Raiva


Hoje estou com raiva.

Raiva dos médicos que me deixam horas esperando pra dizer que não sabem nada.

Raiva de A. e E. por terem participado da minha entrada no poço e corrido com suas mãos pra bem longe.

Raiva por passar meus dias dependente do meu pai enquanto elas se comem e se divertem.

Raiva por ter perdido a minha casa, o meu lar, a minha estabilidade.

Raiva por não ter mais um colo pra chorar quando um médico idiota me diz mais uma vez que não sabe o que eu tenho.

Raiva de sentir falta de carinho.

Raiva de mim, por ter deixado que o mundo me transformasse no que sou e por ter deixado que o diabo entrasse em minha casa.

Raiva de tudo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Augusto dos Anjos


”Mas tu não vieste ver minha Desgraça! E via em mim, coberto de desgraças Mas veio o vento que a Desgraça espalha Para iludir minha desgraça estudo. Minha desgraça há de ficar sozinha!”

Contradição


Num dia:
-" Meu anjo, te amo mais que tudo no mundo, você é a minha vida, não te deixarei nunca, nosso amor é eterno. Estarei sempre ao seu lado cuidando de você não importa o que haja."
No dia seguinte:
- " Te amo muito mais sou incapaz de ficar ao seu lado. Não a quero mais. Adeus"
Insisto:
- Como você me ama e me abandona no pior momento da minha vida, que amor é esse?
- " Sou fraca, não posso suportar o desespero que há em você."
- Aquele que você mesma causou?
Mais um dia:
- "É o fim, não adianta. O amor não vence a minha fraqueza. Lésbicas tem sempre que terminar mais de uma vez !( querendo dizer, não insista.)"
- Desisto. É o fim. Mas não posso acreditar que houve amor.

A perda do controle


Gosto de tudo ao alcance das minhas mãos, de maneira que possa me sentir segura. Quando algo foge ao controle, perco a pouca estrutura psicológica que me resta.
Não sei lidar com a perda. Ela me causa um sofrimento tão grande que nem o mais alto grito é capaz de sufocar a dor da minha alma.
Gosto da estabilidade, da certeza. Isso me torna forte, guia do meu pequeno mundo de limitações.
Retiraram meu chão. Tiraram meu lar, minha família, a certeza de ser amada, o pouco amor próprio que me restava. Gritei, chorei, me revoltei, mas meu mundo não voltou a ser o que era. Perdi-o para sempre. Resta a lição de que estabilidade é ilusão, palavras são mentira e amor é conveniência.

Limitações


Dificuldade de andar e falar.

Há lugares em que só chego me arrastando.

Impossibilidade de pegar um ônibus.

Necessidade de ajuda do outro.

Percepção da minha pequenez em relação ao mundo.

Demora no diagnóstico - não sei o que há comigo.

Lugares em que não tenho acesso.

Coisas que não posso fazer.

Olhos voltados pra mim onde quer que vá;

Pena, curiosidade, rejeição, asco.

Aprendizado da humildade, necessidade da solidariedade.

Essa é minha vida no momento.

Espero em breve voltar a ver o mundo de cima.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Insanidade




Pra mim a insanidade se dá quando percebemos que o que acreditavamos ser real era apenas ilusão.
O choque causado pela decepção faz com que atravessemos a tênue linha da consciência.
A perda do controle é inevitável.
A ignorância é o segredo da felicidade.
Chatterton
Ana Carolina
Composição: (Gainsbourg - Adpt: Seu Jorge / Dani Costa)

Sangue, Sangue...Sangue
Chatterton, suicidou;
Kurt Cobain, suicidou;
Getúlio Vargas, suicidou;
Nietzsche, enloqueceu;
E eu não vou nada bem.
Não vou nada bem,
não vou nada bem,
não vou nada bem.
Chatterton, suicidou;
Cléopatra, suicidou;
Isócrates, suicidou;
Goya, enloqueceu;
E eu, não vou nada nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Yahhhh
Não vou nada bem
Não vou haha, nada bem
HahahaaHohohahaahahaaaNada beeem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
não vou nada bem
Chatterton, suicidou;
Marc-Antoine, suicidou;
Cleópatra - foda-se -, suicidou;
Schumann, enloqueceu;
E eu, puta que pariu, não vou nada nada bem
não vou nada bem
não vou nada cof cof cofnão vou nada bem
cahamsuicidou!
Todo mundo que vocês tiverem pensando aí: suicidou!
Deram tiro no pé!
não vou nada bem
Puta que pariu!!!
Yeharrrrrrrrrrrrr!

Palavras




Palavras - valor imediato.


Não dá pra crer que o dito hoje valerá amanhã.


Mentiras, manipulações, jogos, são sempre em palavras.




"Palavras apenas, palavras pequenas, palavras, momento.


Palavras, palavras, palavras, palavras, ao VENTO"

Balada


Divertir-me após a saída do inferno.

Ver velhos amigos estenderem-me a mão.

Descobrir que ainda sou capaz de cantar.

Isso é a felicidade. Sinto-me perto da paz.

Não pensei que seria tão fácil, que teria respaldo.

Adeus velha vida perturbada e infernal.

Feliz nova vida regada de amor e paz.

sábado, 8 de novembro de 2008

Amigas


Redescobrir a importância das amizades é fundamental para que possa me reerguer. Ver as mãos amigas, velhas conhecidas, estendidas em minha direção me emociona e conforta. Obrigada a todas vocês que me ajudam a criar um novo sentido a minha existência.

Convivência


Por que ela abriu pra mim o que não abriria a ninguém? Jogo? Forma de manipulação para que abrisse os meus mais secretos desejos? Real envolvimento? Por que naquela noite de lua cheia reconheceu meus olhos repletos de desejo e beijou-me como se não houvesse mais nada a ser feito? Não consigo compreender. Houve paixão? Será? Foram palavras ditas ao vento? Não há como abrir a caixa de pandora. Resta apenas suposição.

Funcionamento do triângulo


O círculo não evoluía a espirais. E. que corria atrás de A. que por culpa se prendia a B. que sonhava ser percebida por E... Todas doentes, desajustadas, emocional fraco. Não havia como evoluir. O sonho do triângulo equilátero existia apenas na cabeça de B.. A., vaidosa, não permitia que E. visse nada além dela mesma e E. só tinha um objetivo, ter A. só pra ela. Como esse ciclo durou um ano? Pura teimosia. B. não suportava a rejeição de E. que por conseguinte não suportava dividir A. que agia como o troféu da vez. O xadrez se delineava a cada conversa e tudo levava ao fim, que era inevitável. Ele chegou.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

5 anos


A fraca partiu.

Covarde como só ela pode ser.

Abandonou-me sem olhar pra trás.

Pediu-me guarida a ex.

Trouxe o diabo pra casa.

Repete insistententemente não ter culpa sozinha.

Não percebe que assim reconhece sua culpa.

Jurou-me amor eterno.

Esqueceu que palavra de covarde não tem valor.

Levou me ao limiar da sanidade.

Relação de poderes e interesses excusos.

Disse ficar comigo por amor, mas garantiu infelicidade eterna.

Não aceitei esse peso. Paguei o preço da minha infelicidade.

Engano meu. A felicidade não está nela.

Parto como quem nunca chegou.

Percebo hoje joguetes e manipulação.

EAB- triângulo que nunca existiu.

Apenas era provedora material, a segurança.

Hoje sou aquela que provê apenas a mim.

Graças a volta da lucidez