quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Desejo...


Se de mim faço pele, que seja apenas coração.
Se corro em brasa pro que quero...Arre!!!
Porque se finjo outro querer, traio a alma.
E se quero o não poder, deixo de viver.
Porque sonhos impossíveis não satisfazem.
Elos desfeitos não sustentam o peso do corpo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ermitã que sou...


De confusa basto eu, fios de idéia sem cor
Os des-encontros - passa-do(r), que quero espirais
Velho mundo torto, já cansado de rodar sem sair do lugar
Leva e trás o que bem deseja, sem saber de mim. Que quero?

Carrega maré da noite, pra longe de mim o que não é meu
Enroscada que estou nos novelos da vida, consciência cruel
E se de sábia não tenho nada, sobra a alma e o coração
Porque sei bem a teoria, mas no agir sou leiga, quase infantil

Acordo, abro os olhos cegos, de que me importa?
Se vejo sempre o que quero... ofertado pra quem?
Triste rotina de me fazer não ser e não ter
Migalhas dormidas de pão já não me interessam

Mas que tanto encanto tem em não ter?
Mas que encanto tem em não ser?
E que tanto encanto tem em querer?
Sempre...aquilo nem ao menos posso compreender

Se o que faço é enxugar lágrimas e afogar dor alheia
Passo o tempo a construir e destruir castelos de outrem
Apenas porque sou demais, apenas por doar demais
E esperar sorriso em rosto de máscara de terror

Eu a querer bem quieta, em minha caverna ermitã
O imaginário tornando o real impossível de suportar
E o que digo é que um dia aprendo a me bastar
Eu, apenas eu...mesmo com todos, nesse mundo cão