
Lembro-me de quando era pequena, quanta ansiedade, esperar papai noel. Iamos pra casa da minha tia cantando músicas natalinas, felizes, a família unida nem que fosse naquele momento.
Chegando lá, muita brincadeira com os meus primos e a contagem regressiva até a meia noite.
Meia-noite em ponto chegava papai noel. Ele distribuia presentes e nós varavamos a madrugada brincando. Eramos tão felizes.
No natal dos meu 4 anos descobri que o papai noel era meu tio Chico. Fiquei passada! Chegou a minha hora de saber. Papai noel não existe.
Os natais continuaram a ter sabor, e só mudaram quando eu tinha 13 anos. Minha mãe e a família brigaram, fomos passar o natal no Rio de Janeiro. Tudo diferente. Aquele foi o último natal que passamos com a minha mãe. Ela morreu em fevereiro.
Dai em diante os natais perderam seu sabor. Eram todos tristes, escuros pela dor da perda.
Nunca mais fui capaz de olhar o natal com outros olhos. A data passou a ser sinônimo de perda.
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