quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Histórias de natal


Lembro-me de quando era pequena, quanta ansiedade, esperar papai noel. Iamos pra casa da minha tia cantando músicas natalinas, felizes, a família unida nem que fosse naquele momento.

Chegando lá, muita brincadeira com os meus primos e a contagem regressiva até a meia noite.

Meia-noite em ponto chegava papai noel. Ele distribuia presentes e nós varavamos a madrugada brincando. Eramos tão felizes.

No natal dos meu 4 anos descobri que o papai noel era meu tio Chico. Fiquei passada! Chegou a minha hora de saber. Papai noel não existe.

Os natais continuaram a ter sabor, e só mudaram quando eu tinha 13 anos. Minha mãe e a família brigaram, fomos passar o natal no Rio de Janeiro. Tudo diferente. Aquele foi o último natal que passamos com a minha mãe. Ela morreu em fevereiro.

Dai em diante os natais perderam seu sabor. Eram todos tristes, escuros pela dor da perda.

Nunca mais fui capaz de olhar o natal com outros olhos. A data passou a ser sinônimo de perda.

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