Até agora não sei se partir foi a escolha certa. Dá um aperto no peito quando penso que em poucas horas estarei de volta a Fortaleza, lugar onde eu escolhi morar de mãos dadas com alguém que agora anda de mãos dadas com mãos que não são as minhas.
É tão estranho fazer o caminho de volta e não voltar para o conforto de seus braços hoje tão hostis.
Tenho que sentir essa chegada como se fosse a primeira. Como se nunca antes tivesse pisado naquele solo e recomeçar. Levantar a cabeça e esperar as surpresas.
Hoje estou mais forte, segura. Só não posso deixar o ócio tomar conta da minha vida. Preciso de objetivos, planos e força para executá-los.
Meu trunfo, que não possuia quando cheguei a Fortaleza a primeira vez, são as verdadeiras amizades. Conto com todas elas a me estenderem as mãos para que eu possa me reerguer e ser feliz.
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