O avião parecia uma montanha russa. Muita turbulência durante o vôo todo.
Cheguei sem atraso. Meu pai e a Patrícia foram me buscar no aeroporto.
Agora, de volta a Fortaleza, me preparo para encontrar atividades que me levem aos meus novos objetivos. Preciso me exercitar, procurar uma terapia e tentar corrigir minha fala o mais rápido possível.
Meu coração dói cada vez menos. Minha mente ainda se ocupa do passado, mas vou procurar com várias atividades, desligá-la da porcaria que fiz da minha vida e da porcaria que deixei que fizessem comigo.
Jamais cometerei os mesmos erros e a cada dia que passa tenho uma visão melhor de como cheguei ao fundo do poço e o porque de não ter encontrado as mãos que esperava pra me reerguer.
Sorte minha que mãos não faltaram. Aqui em Fortaleza ou em São Paulo tenho amigos fieis e valorosos que me deram apoio incessantemente. Isso sem falar da minha família, que foi maravilhosa.
Agora só falta a UECE me aceitar de volta. Vou fazer de tudo para conseguir me formar. Quero muito construir minha vida e ter o meu sustento.
Estou na casa do meu pai esses dias, até a Suzane voltar. Não quero ficar sozinha no apartamento, preciso fazer o que puder para não deprimir.
Quando ela chegar vamos ver a natação. Vai ser legal, mesmo que eu sinta dor na perna. Espero que com o tempo meu físico melhore.
Hoje vou ver o Lucas na aula de karate e depois vamos num centro espírita. Estou precisando reencontrar a minha espiritualidade.
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